O criador das próteses mamárias Poly Implant Prothèse (PIP), o francês Jean-Claude Mas, foi apreendido pela polícia nessa quinta no sul da França. Na mesma noite ele foi ouvido pelo juiz no Palácio de Justiça de Marselha que abriu investigação para homicídio. Com 72 anos de idade e problemas cardíacos, sua audição foi interrompida depois que ele solicitou encontrar um médico.
Jean-Claude Mas era procurado há meses pela Polícia. Foto: internet
O produtor das próteses mundialmente incriminadas foi 'cooperativo' com as autoridades, segundo o seu advogado cujas palavras foram difundidas pela imprensa francesa. Ele teria explicado a sua responsabilidade e suas relações com os seus fornecedores. Aposentado, ele não tinha aparecido em público desde o início do escândalo. Ele tinha voltado do seu exílio à Costa-Rica, país no qual era procurado pela polícia por 'delito de direção grave' e por causa do impacto internacional do escândalo. Com efeito, a Interpol tinha emitido um aviso forçando o fugitivo a voltar para França.
Em outubro de 2011, na França, a polícia abriu uma investigação sobre próteses mamárias da marca PIP defeituosas. Até hoje, 2500 mulheres entraram em processo contra Jean-Claude Mas. As próteses, de má qualidade teriam deixado escapar um gel de silicone que não era homologado pelas autoridades sanitárias. Este gel poderia já ter causado 20 casos de câncer nas usuárias do produto PIP na França. Jean-Claude Mas teria declarado ter usado este gel silicone sabendo que ele não era homologado. Segundo ele, a escolha deste gel foi porque ele era 'mais barato e de melhor qualidade'.
Até agora, nenhuma relação foi estabelecida entre o uso das próteses e os casos de câncer, mas as autoridades sanitárias pediram às 30000 usuárias francesas de tirá-las. Além de poder provocar doenças, o vazamento das próteses provoca, segundo as testemunhas, queimaduras e dores fortes. No total são mais de 400 000 mulheres que usam próteses mamárias da marca PIP no mundo e, sobretudo na América Latina.
Gauthier Berthélémy
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