Patrono dos noivos e dos apicultores, esse santo também é invocado contra a peste. Na maioria dos países do mundo hoje é comemorado o dia dos namorados. Mas vamos para um pouco de história:
São Valentim era um padre na cidade de Roma e tornou-se também médico. São muitas as histórias e vários São Valentins que aparecem nelas. Uma delas aponta que no século III o Imperador de Roma Claudios II proibiu casamentos em seu reino para formar um grande exército. Isso porque jovens que não tivessem família poderiam se alistar mais rápido ao exército.
Representação de São Valentin em mosaico: Imagem: araduca.blogspot.com
Mesmo assim, o bispo Valentim continuou realizando casamentos em segredo. Após ser descoberto, ele foi preso e condenado a morte. Na prisão, o bispo recebia muitas flores e mensagens de jovens dizendo que acreditava no amor. Dentre elas a filha cega do carcereiro. A jovem Astérias conseguiu a permissão do pai para visitar o bispo. Os dois acabaram se apaixonando e Valentim operou um milagre: a jovem voltou a enxergar! Antes de ser executado, ele enviou um coração de folhas para a moça com uma mensagem assinada: de seu Valentim... Expressão até hoje muito utilizada.
Outro Valentim foi um bispo de Terni, perto de Roma que também foi decapitado por Claudio II. E há um terceiro Valentim, bispo de Récia no século V. A verdadeira identidade de São Valentim até hoje não é conhecida. Há relatos de que existiram 7 Valentins na história todos sendo celebrados no dia 14 de fevereiro.
Há também quem acredite que a data foi escolhida como forma de cristianizar as celebrações pagãs da Lupercalia. Na Antiga Roma, o mês de fevereiro era considerado o mês da primavera, tempo de purificação. No dia 14 era o dia dedicado a deusa Juno, rainha de todos os deuses e deusa das mulheres e do casamento. Há quem diga também que essa data é o início do acasalamento dos pássaros ocasião que os enamorados colocavam bilhetes na porta da pessoa amada.
Mas e hoje? Ainda existem tradições ou a data virou um momento meramente comercial?
Algumas tradições dessa data foram evoluindo com o tempo, mas a entrega de cartões, rosas vermelhas simbolizando a paixão, caixa de bombons, encontros dos pretendentes, presentinhos de forma geral se mantém por gerações. Na França a comemoração é muito menos comercial que no Brasil (lembrando que aqui o dia dos namorados é 12 de junho). Os franceses fazem programas como jantar, troca de cartõezinhos e pequenas lembrancinhas.
Segundo pesquisas, 39% dos franceses consideram o dia do São Valentim como o dia o mais romântico do ano. Uma porcentagem que alimenta um crescimento importante de alguns setores econômicos. É o caso da venda de flores que é multiplicada por 3 durante este dia amoroso na França. A empresa Interflora, líder da entrega de flores a domicilio, consegue quase 10% das suas vendas num único dia 14 de fevereiro. Outro setor é o turismo e as viagens românticas na Europa. E entre os destinos favoritos dos franceses achamos Paris, Londres e Roma. Mas as cidades de Istanbul e Lisboa poderiam subir no pódio daqui a alguns anos.
Estranhamente, a lingerie, que poderia ser um produto importante, não faz um verdadeiro sucesso. Uma tristeza para a marca mais famosa da França, Lejaby, que passa por uma situação econômica difícil e deveria fechar suas fábricas daqui a pouco. Uma crise do setor que já mobilizou os políticos neste período eleitoral. Enfim, uma matéria sobre o dia do São Valentim sem falar de desejo seria incompleta. Segundo pesquisas, 24% dos franceses afirmam ter vontades sexuais mais fortes neste dia do que nos outros dias do ano... Com certeza, esta noite, alguns vizinhos terão dificuldades para dormir...
Na China o dia de São Valentim tem certa popularidade principalmente entre os jovens o que gera bons negócios. No Japão as mulheres dão chocolates para pessoas queridas, colegas de trabalho e os jovens também. Os chocolates são de fabricação caseira. E no dia 14 de março (o dia branco) os homens que receberam chocolates no dia de São Valentim retribuem com presente como chocolate, jóias e lingeries.
Allana Andrade et Gauthier Berthélémy
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire