dimanche 29 juillet 2012

A França na hora da crise


Trabalhadores se juntam para defender seus empregos na França. Foto: Internet

Anunciada semana passada, uma serie de empresas foram fechadas em todo o território francês provocou reações por parte da população e da classe política. Segundo os sindicatos e os últimos anúncios mais de 50 mil empregos seriam ameaçados. A maior queda seria a da fábrica Peugeot de Aulnay-sous-Bois na periferia de Paris.

São 3.400 empregos que serão cancelados no sitio de construção dos automóveis do grupo Peugeot. Segundo a direção, esta decisão é motivada pela vontade de evitar "investimentos complementares" e de "resolver a sobre capacidade de produção" em Aulnay-sous-Bois. Além disso, os responsáveis informaram a presença de uma outra linha de montagem próxima, em Poissy.

A empresa afirmou que os empregados não serão demitidos imediatamente e que serão propostas soluções para uma reconversão. Os sindicatos, por suas partes, recusam totalmente a situação, questionando o grupo sobre a utilidade de tal plano enquanto a Peugeot está fazendo um lucro importante atualmente.

Neste roteiro, não pode ser esquecido o preço da mão de obra francesa, muito mais cara do que as de países como Espanha ou Eslováquia nos quais a empresa possui fábricas. Segundo um documento interno do grupo revelado pelo cotidiano Le Figaro, a produção deveria ser aumentada nestas fábricas estrangeiras e a Peugeot já estaria pensando em iniciar a construção de um novo modelo de carro a baixo custo na Eslováquia. Esta decisão passa mal na população neste período de crise econômica na Europa toda.

Uma polêmica que o governo recém-eleito gostaria de entender. Segundo as revelações feitas pelo Figaro, este plano social devia ser anunciado antes das eleições, mas o governo Sarkozy teria pedido que o anúncio fosse adiantado após o voto. Para ser dito de outro jeito, o novo presidente François Hollande recebeu um presente envenenado da parte do seu antigo rival.

O ministro da recuperação industrial, Arnaud Montebourg, acusou o grupo francês de "dissimulação" e assegurou que o governo fará de tudo para proteger a indústria francesa e os trabalhadores. Por isso, ele apresentará ao Primeiro Ministro um plano para salvar o setor industrial nas semanas que vem.

No total, são mais de 50 mil empregos industriais em 46 empresas que são ameaçados no Hexágono. Uma situação grave que poderia complicar os planos do novo governo. 

Gauthier Berthélémy

mercredi 18 juillet 2012

Les grèves dans l’enseignement se poursuivent


A l’arrêt depuis deux mois, les universités publiques brésiliennes se sont vidées de leurs étudiants. Professeurs et personnels administratifs s’unissent pour exiger, entre autres, une augmentation des salaires, la création de nouveaux postes et plus d’autonomie. Un mouvement qui renforce la crise dans l’enseignement brésilien. 

"Professeurs en grève" à l'Université Fédérale de Sergipe (Photo: G.Berthélémy)

Depuis le 17 mai, une grève oppose les professeurs et personnels de 58 universités, 36 Instituts Fédéraux et de centaines d'écoles au gouvernement fédéral. L’un des points de désaccord entre les parties se porte sur les réformes voulues par Brasilia, le plan de restructuration proposé par le ministère de l’éducation ne faisant pas l’unanimité au sein de la communauté enseignante.


Selon Sônia Meire, représentante du syndicat des professeurs de l’Université Fédérale de Sergipe (Adufs), « le gouvernement a imposé des changements sans aucune concertation. Les programmes ont changé sans que cela s’accompagne de nouveaux moyens. Par exemple, de nombreux cours sont encore sans professeurs ! ». Le financement de l’éducation est un point central du désaccord. L’allocation de 10% du PIB national au budget de l’éducation nationale a été adoptée par la Chambre des députés et les grévistes demandent l’application de cette mesure. Le gouvernement de Dilma Rousseff, quant à lui, préférerait abaisser ce taux minimum à 8% du PIB.

Et aux professeurs s’ajoutent les revendications des agents administratifs et techniques qui réclament de meilleures conditions de travail, un salaire équivalant à trois salaires minimums, soit environ 1900 reais, et la mise en place de concours publics pour le recrutement. Cette dernière exigence est appuyée par les groupes d’étudiants qui se sont joints au mouvement. Selon Allana Nascimento Santos, représentante du Comando de grève de l’Université Fédérale de Sergipe, « les étudiants boursiers reçoivent un peu plus de 400 reais par mois pour accomplir des tâches administratives alors que cet argent devrait servir à faciliter leurs études. Au contraire, ils perdent un temps précieux et prennent malgré eux la place de personnes qualifiées qui devraient avoir ces postes ».

Les grévistes sont "contre la précarisation des conditions de travail" à l'université (Photo: Gauthier Berthélémy)


La rémunération des professeurs et des personnels fait partie des revendications. Sans augmentation de salaire depuis des années, les universitaires ont emboîté le pas aux professeurs des écoles publiques. Ces derniers se sont mobilisés pendant plusieurs semaines pour exiger la revalorisation du salaire minimum de la catégorie de 22,22%.

À Sergipe, les établissements scolaires ont eu leurs portes closes pendant 54 jours et les professeurs ont même procédé à une grève de la faim. Déclarant la mobilisation illégale, le Tribunal de Justice Régionale a obligé les enseignants à reprendre le chemin de leurs classes. À Bahia, l’arrêt des cours a dépassé les 100 jours et le ministère de l’Education organise actuellement des cours en amphithéâtres dans lesquels quelques 400 élèves se préparent aux épreuves du ENEM, l’examen qui conclue l’enseignement secondaire et compte pour l’accès à l’université.

Des étudiants partagés

Pour beaucoup, l'incertitude sur la durée du mouvement inquiète. Les négociations n’avancent pas et sont parfois même annulées donnant l’impression que le gouvernement cherche à enterrer le mouvement de grève. Cette stratégie avait fonctionné en 2010, lorsque les personnels techniques et administratifs avaient abandonné après 4 mois de blocage.

Les salles de cours sont vides depuis deux mois (Photo: G. Berthélémy) 


Chez les étudiants, la détermination des grévistes d’aujourd’hui ravive ces souvenirs, et déjà on pense aux conséquences. Larissa Andrade, étudiante en psychologie à l’Université Fédérale de Bahia, comprend et soutient le mouvement tout en espérant que les parties trouveront rapidement une issue. « Le problème est qu'ils n'ont pas laissé les vacataires terminer leurs cours, le retard est énorme, » explique l'étudiante ajoutant : « les rattrapages vont se faire dans la précipitation et le semestre prochain sera plus lourd voire même sans vacances ».

Interpellée par des étudiants lors d'un déplacement à Rio de Janeiro la semaine dernière, Dilma Rousseff a affirmé avoir « conscience de l'ampleur du mouvement et que le gouvernement travaille sur les revendications des professeurs, étudiants et personnels des universités publiques ».

Gauthier Berthélémy
(Publié sur Autres Brésils)

samedi 14 juillet 2012

14 de julho, um dia de vitória popular!


Fogos do 14 de julho em Saint-Omer/2011. Foto: Por aqui e Là-bas

Na França a grande data no calendário é o 14 de julho, data essa que comemora a queda da Bastilha, quando os franceses foram às ruas protestar contra o regime monárquico. Na ocasião o povo invadiu a Bastilha, símbolo do absolutismo, resgataram os presos e derrubaram o local. Esse fato simboliza a Revolução Francesa.

Diferente do que acontece no Brasil onde datas comemorativas importantes são vistas por muitos como apenas um dia sem trabalho (ou seja, vamos beber e/ou viajar), os franceses realmente preservam a tradição de assistir ao desfile oficial em Paris (ou acompanhar pela televisão) e na noite cada cidadezinha por menor que seja (no meu caso estava em uma com 500 habitantes) comemora a data com orgulho dos antepassados.

A cidade em questão, chamada Fléchin localizada no Norte da França e como disse, não foi diferente. Um jantar comunitário foi realizado em um clube e varias famílias participaram. Desde a decoração nas cores da bandeira francesa (azul, vermelho e branco) até as comidas servidas remetiam ao momento histórico tão celebrado e conhecido.

Mais tarde, quando finalmente escureceu (nessa época do ano o sol se põe por volta das 21h) fomos a Saint-Omer, também no Norte onde os fogos de artifício iluminaram a cidade, cuja praça estava repleta de pessoas admirando o espetáculo.

Aqui no Brasil, algumas Alianças Francesas e os Consulados realizam a comemoração do 14 de Julho com jantares e atividades que remetem à data e ao país.

Allana Andrade

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