jeudi 2 février 2012

Política: Uma eleição sem a extrema direita?

Neste ano eleitoral, na França, os candidatos se lançaram na corrida à Presidência. Se quase todos os candidatos já são conhecidos, não são todos que têm a certeza de poder concorrer. 

Com efeito, para entrar na competição eleitoral, a regra impõe aos supostos candidatos obter o apoio de pelo menos 500 prefeitos. E a partir desta eleição, as listas de apoios recolhidos pelos partidos, antigamente secretas, serão públicas. Mudança que não agrada a todos os candidatos. 

Marine Le Pen candidata da Frente Nacional. Imagem: Internet


Entre eles, a candidata do partido de extrema-direita Front National (Frente Nacional), Marine Le Pen, que tínhamos apresentado numa matéria (aqui). A 12 semanas do primeiro turno, a filha do líder histórico da direita radical francesa, Jean-Marie Le Pen, poderia não ter conseguido ainda as 500 assinaturas lhe permitindo atingir o estatuto de 'candidata confirmada'. Ela teria atualmente 340 apoios oficiais e o depósito das assinaturas será encerrado dia 16 de março. Essa dificuldade não é nova para o partido nacionalista que já tinha problemas para conseguir todos os apoios necessários. 

A origem deste problema, é a hesitação dos prefeitos franceses a dar os seus apoios à extrema-direita. Para superar este obstáculo, Marine Le Pen pensa que as listas de apoios devem ser anônimas e não publicadas. Segundo o partido, os prefeitos franceses receberiam ameaças e sofreriam pressões para não assinar a favor da Frente Nacional.  De fato, Marine Le Pen decidiu recorrer às autoridades supremas da França para tentar conseguir o anonimato das famosas listas. E o Conseil d'Etat, cujo cargo é de aconselhar o governo, decidiu transferir esta reclamação ao Conseil Constitutionnel (Conselho Constitucional), que verifica a constitucionalidade das decisões governamentais. 

A instituição tem 3 meses para publicar a sua decisão, mas já prometeu que publicará ao máximo dia 22 de fevereiro para não comprometer o resultado da eleição presidencial. Uma primeira vitória para Marine Le Pen e a Frente Nacional que pode esperar resolver o obstáculo do recolhimento dos apoios necessários. Uma luta apoiada por vários partidos e até a extrema-esquerda que estima que um partido como a Frente Nacional, que tem candidatos eleitos locais e regionais, tem de ser representado na eleição presidencial. Até agora, só o candidato do Partido Socialista, François Hollande, declarou ser contra toda modificação das regras eleitorais. 

Essa dificuldade encontrada pela Frente Nacional se explica também pela reputação do partido na vida política francesa. Isto é, o partido da Frente Nacional já foi condenado por ter tido um discurso racista, xenófobo e até antissemita. De fato, ele aparece como um partido perigoso, ou seja, antidemocrático na paisagem política francesa. Por exemplo, em 2002, Jean-Marie Le Pen conseguiu atingir o segundo turno da eleição presidencial, eliminando o candidato socialista da época, Lionel Jospin. O sucesso da Frente Nacional nas urnas tinha provocado uma onda de indignação e de protestação na maioria da população e os eleitores tinham decidido se mobilizar elegendo o Jacques Chirac com mais de 80% dos votos válidos. 



Gauthier Berthélémy

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